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SEGURANÇA

Ex-ministro de Segurança Institucional nega ter recebido informações sobre atividade do MST

Gonçalves Dias depôs nesta terça na CPI do MST na Câmara


Gonçalves Dias (E) e Ricardo Salles, relator da CPI Fonte: Agência Câmara de Notícias

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro de Segurança Institucional do atual governo, garantiu que, durante o perĂ­odo em que esteve no ministério, não recebeu da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) nenhum relatório relacionado a invasões de terra. Gonçalves Dias chefiou a segurança institucional de 2 de janeiro a 1Âș de março deste ano.

Autor do pedido para o comparecimento do ministro à CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) insistiu não ser plausĂ­vel que o ministro não tivesse conhecimento das ações do MST - mesma opinião dos demais representantes da oposição. Ricardo Salles argumentou que consta entre as atribuições da Secretaria de Segurança Institucional monitorar ameaças à ordem constitucional. E, segundo afirma, as invasões de terra atentam contra a Constituição por colocar em risco a propriedade privada.

"Nós tivemos 12 invasões em janeiro e 17 em fevereiro, uma das Ășltimas e mais retumbante foi, evidentemente, a da Suzano. Mas houve um nĂșmero enorme de invasões no PaĂ­s nesses dois meses. Não posso aceitar como minimamente razoĂĄvel que, nas reuniões de ministério, ao menos aquelas mais próximas ao presidente Lula, não se tenha discutido, não se tenha enquadrado, não se tenha valorado as invasões de terra no PaĂ­s, sobretudo como ameaça, que são obrigação estatutĂĄria, regulamentar, regimental do órgão que o senhor comandou", apontou Salles.

O deputado, que também é relator na comissão, adiantou que irĂĄ apresentar ao Executivo requerimento de quebra de sigilo das comunicações do Gabinete de Segurança Institucional no perĂ­odo em que foi chefiado pelo general Gonçalves Dias. O objetivo, segundo disse, é saber se realmente não houve troca de informações sobre invasões de terra pelo MST entre o ministro e os órgãos de inteligĂȘncia.


Atribuições da Abin

JĂĄ a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) sustentou que, se não hĂĄ relatórios

Fonte: AgĂȘncia Câmara de NotĂ­cias Abin sobre as atividades do MST, isso se deve ao fato de não fazer parte das atribuições do órgão monitorar movimentos sociais.


Da mesma forma, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) ressaltou que o papel da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia é cuidar da segurança do Estado brasileiro, e não de disputa pela terra.


"Invasão de terra, disputa, litĂ­gio pela terra, pela propriedade, pela posse não é uma ação terrorista. A Abin cuida da segurança do Estado; portanto, ela combate, sim, ações que depõem contra o Estado brasileiro. Uma disputa de propriedade não depõe contra o Estado brasileiro; no mĂĄximo, uma disputa de propriedade é assunto do Ministério PĂșblico, da Justiça, até porque a reforma agrĂĄria, como a propriedade privada, também é uma previsão constitucional", explicou.


O general Gonçalves Dias depôs na CPI protegido por habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça que o permitiu manter-se em silĂȘncio sobre assuntos não relacionados ao MST. Ele também contou com assistĂȘncia de um advogado.




Fonte: AgĂȘncia Câmara de NotĂ­cias

Câmara dos Deputados

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