O procurador-geral de Justiça José Antônio Borges abriu uma investigação preliminar para apurar a destinação de uma emenda parlamentar no valor de R$ 450 mil para realização do reality show "Casa Digital MT".
A investigação, denominada Notícia de Fato, foi aberta por solicitação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), autor da emenda.
Botelho afirmou que o dinheiro deveria ser usado, na verdade, para a capacitação de profissionais conhecidos como digital influencers, para divulgar as potencialidades econômicas, culturais, gastronômicas e turísticas de Mato Grosso.
Ocorre que o valor foi destinado para um reality show com influencers, apresentado pelo ex-deputado Jajah Neves.
O chefe do Ministério Público solicitou informações complementares da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), da Assembleia Legislativa e de Jajah, realizador do reality.
O reality
Em entrevista à imprensa, o presidente da Assembleia disse ter sido "lubridiado" com a destinação da emenda.
"Não tinha conhecimento de que tinha confinamento, de que tinha reality. Nunca. Eu nem gosto disso, para mim foi uma surpresa. Imagina se iria liberar e fazer emenda disso, jamais", disse.
Botelho ainda explicou que, como deputado, não acompanha os projetos depois de aprovar as emendas e alegou que ficou a cargo da comissão da Secretaria de Cultura avaliar se as ideias eram produtivas e se deveriam seguir em frente.
O reality show "Casa Digital MT" confinou nove digital influenceres numa residência situada no Distrito de Bomsucesso, em Várzea Grande. Eles produziram e postaram conteúdos sobre a cultura e turismo do Estado.
O confinamento terminou neste domingo (26) e entregou ao vencedor, Leo Macedo, um prêmio de R$ 25 mil.
Além de Léo Macedo, também participaram do reality Leonardo Morato, Hamanda, Eriosmar Lima, Pedro Cunha, Regiane Veneruchi, Kátia Arruda, Fernado Pezão, e Bárbara Breda.
Fonte: THAIZA ASSUNÇÃO/MidiaNews