Em entrevista à AgĂȘncia Brasil, a médica dĂĄ orientações sobre os sinais que devem ser observados e quando é preciso buscar assistĂȘncia.
Em alguns casos, a cardiopatia requer uma correção cirĂșrgica, que pode precisar ser feita ainda na primeira infância. "Algumas devem ser corrigidas ainda no perĂodo neonatal", destacou. No Brasil, cerca de 30 mil novos casos ocorrem por ano, dos quais 80% vão necessitar de alguma intervenção, seja por meio de cirurgia ou cateterismo terapĂȘutico na infância, sendo 40% no primeiro ano de vida.
A cardiologista explica que uma criança cardĂaca enfrenta dificuldades de diagnóstico e tratamento, e o acompanhamento médico pode ser necessĂĄrio ao longo de toda a vida. "O atendimento à criança e adolescente com cardiopatia no Brasil é um grande desafio, principalmente pela distribuição geogrĂĄfica desigual dos centros de referĂȘncia de cardiologia e cirurgia cardĂaca. Isso faz com que muitos pacientes tenham dificuldades de chegar a esses centros especializados, retardando o diagnóstico da doença".
Outro ponto destacado é a presença de cardiopatia congĂȘnita, que pode afetar o crescimento, além do desenvolvimento motor, cognitivo e neurológico. Podem ser observados também alteração no comportamento, déficit de atenção e hiperatividade. "A manutenção da saĂșde dessas crianças necessita do cuidado por parte de uma equipe multidisciplinar, com o objetivo de contribuir cada vez mais para a melhora da qualidade de vida desses pacientes".
Desde sua fundação, em 1996, o Projeto Pro Criança CardĂaca atendeu 15.531 pacientes, tendo atingido seu maior nĂșmero no ano passado, com 119 cirurgias de alta complexidade efetuadas. As cirurgias são realizadas no Hospital PediĂĄtrico Pro Criança Jutta Batista, que é administrado pela Rede D'Or. Além dos procedimentos cirĂșrgicos, o projeto atua oferecendo cestas bĂĄsicas, medicamentos, consultas e exames.
Fonte: AgĂȘncia Brasil