As mortes são de mulheres que viviam no interior da Bahia. Elas tinha menos de 30 anos de idade, sem comorbidades, e apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao de dengue grave.
No Ășltimo dia 11, o Ministério da SaĂșde emitiu uma nota técnica a todos os estados e municĂpios recomendando o reforço da vigilância em saĂșde sobre a possibilidade de transmissão vertical do vĂrus. Com a nota técnica, o ministério pretende também orientar a sociedade sobre a arbovirose.
A medida foi adotada após o Instituto Evandro Chagas detectar a presença do genoma do vĂrus em um caso de morte fetal, e de anticorpos em amostras de quatro recém-nascidos com microcefalia.
No entanto, o ministério destacou que não hĂĄ evidĂȘncias cientĂficas consistentes sobre a transmissão do vĂrus Orov da mãe infectada para o bebĂȘ durante a gestação e nem sobre o efeito da infecção sobre malformação de bebĂȘs ou aborto.
Este ano, jĂĄ foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados. A maior parte foi identificado no Amazonas e em Rondônia. Desde 2023, foi ampliada a detecção de casos da doença no Brasil, por meio de testes de diagnóstico na rede pĂșblica em todas as regiões.
A febre Oropouche é uma doença viral. O vĂrus Orov é transmitido, principalmente, por meio da picada de um mosquito conhecido como maruim (Culicoides paraensis), bem como por espécies do mosquito Culex. No Brasil, o vĂrus foi isolado pela primeira vez em 1960.
O ministério explicou que a febre oropouche pode ser confundida com a dengue. A doença evolui com febre de inĂcio sĂșbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, nĂĄuseas e vômitos também são relatados.
Os sintomas duram cerca de dois a sete dias. Mas, até 60% dos pacientes podem apresentar recorrĂȘncia dos sintomas, após uma a duas semanas a partir das manifestações iniciais. A maioria das pessoas tem evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
Até o momento, não hĂĄ tratamento especĂfico para a febre oropouche. A terapia atual apenas alivia os sintomas.
Fonte: AgĂȘncia Brasil