Na tarde deste domingo (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista coletiva a jornalistas no litoral de São Paulo, onde passa o feriado de Carnaval, para comentar sobre as consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Bolsonaro convocou a imprensa no Forte dos Andradas, no Guarujá, e declarou que o Brasil manterá um posicionamento neutro em relação ao conflito. "Nós não vamos tomar partido, vamos continuar com a neutralidade", disse o presidente.
Bolsonaro revelou ter conversado por ligação com o presidente russo, Vladimir Putin, já que o Brasil possui termos de negócios com a Rússia. "O Brasil depende de fertilizantes. Estive há pouco conversando com o presidente Putin, mais de duas horas de conversa. Ele falou da Ucrânia, mas me reservo a não entrar em detalhes," relatou
Bolsonaro acredita que a guerra entre os países não deva se prolongar, e ressaltou que o governo brasileiro está dando total apoio a saída dos brasileiros que estão na Ucrânia.
O presidente ressaltou que os brasileiros podem sentir os impactos econômicos dessa guerra, e que os países da Europa vão sofrer com o desabastecimento de gás, que grande parte vem da Rússia.
Ao ser questionado pelo repórter da RedeTV!, Murilo Rincon, como a falta dos fertilizantes exportados da Rússia podem impactar o Brasil, o presidente reforçou que o território brasileiro é rico em fertilizantes, porém, estão em aéreas que não podem ser exploradas. "O Brasil tem solução para tudo, nós que inviabilizamos", disse Bolsonaro, que ainda falou que o conflito afetará a agricultura, o que acarreta diretamente na produção alimentícia. "Se esse guerra se ampliar, o mundo todo deve sofrer com desabastecimentos".
Sobre o encontro com Putin, ele deixou claro que o convite foi aceito em novembro, e a conversa com o líder da Rússia foi de alto nível, já que o Brasil tem uma política internacional boa.
Ao final da coletiva, Bolsonaro disse, com otimismo, que acredita no acordo entre Rússia e Ucrânia já nos próximos dias. "Queremos a paz!", concluiu.
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