De acordo com a pasta, a previsão é que cerca de 20 mil doses bivalentes contra a covid-19 atendam seis comunidades yanomami: Surucucu, Kataroa, Maloca, PaapiĂș, Auaris, Missão Catrimani e Waputha.
A imunização estava prevista para começar em 27 de fevereiro, juntamente com a campanha nacional, mas foi antecipada em razão do que o ministério descreveu como "grave crise sanitĂĄria e humanitĂĄria encontrada no território".A ação serĂĄ operacionalizada junto à Secretaria de SaĂșde de Roraima, com o apoio de profissionais da Força Nacional do Sistema Ănico de SaĂșde (SUS) que jĂĄ estão atuando na Terra IndĂgena Yanomami.
O Centro de Operações de EmergĂȘncia (COE) notificou a chegada de 24 tablets para otimizar a coleta de dados epidemiológicos das equipes da Casa de Apoio à SaĂșde IndĂgena (Casai) e no restante do território.
Parte das equipes, segundo o ministério, passou por treinamento para utilizar os 20 telefones satelitais que chegaram na capital Boa Vista. O aparelho vai permitir que agentes enviados para localidades distantes e de difĂcil acesso mantenham a comunicação com o centro de emergĂȘncia local.
Na semana passada, foi concluĂda a construção de um poço para fornecimento de ĂĄgua na comunidade Yeakeplaupi, Polo Base de Palimiu, onde vivem 160 yanomami. Ao todo, o Território IndĂgena Yanomami tem cerca de 31 mil indĂgenas, espalhados em mais de 370 comunidades.
Um mĂȘs após a EmergĂȘncia de SaĂșde PĂșblica de Importância Nacional ser declarada na terra yanomami, mais de 5 mil atendimentos médicos a indĂgenas encontrados em grave situação de desassistĂȘncia foram realizados na região. Entre as crianças acompanhadas na casa de apoio, 78% evoluĂram de quadro grave de desnutrição para moderado.
Os atendimentos emergenciais são realizados pela Força Nacional do SUS nos polos base das regiões de Auaris, Surucucu e Missão Catrimani. Em Boa Vista, parte dos atendimentos é realizada por equipes de voluntĂĄrios da Casai ou no hospital de campanha montado na ĂĄrea externa, com apoio das Forças Armadas. Os casos mais graves são encaminhados para a rede hospitalar da capital.
A entrada no território e na casa de apoio é restrita a profissionais que atuam na missão, atendendo a pedidos de lideranças indĂgenas que apontam cuidados à exposição da imagem, sobretudo em relação a indĂgenas doentes e aos seus mortos.
Fonte: AgĂȘncia Brasil