O decreto do prefeito Eduardo Paes que desobriga o uso de mĂĄscaras de proteção, inclusive em locais abertos em todo a cidade do Rio de Janeiro foi publicado nesta tarde em edição extra do DiĂĄrio Oficial do MunicĂpio.
Ainda conforme o decreto, quando o municĂpio atingir o Ăndice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço, as pessoas ficam dispensadas de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanĂȘncia no interior dos estabelecimentos e locais definidos no Decreto Rio nÂș 49.894, de 1Âș de dezembro de 2021, como bares, lanchonetes, restaurantes; academias; estĂĄdios e ginĂĄsios esportivos; cinemas, teatros, salas de concerto; museus galerias e exposições, entre outros.
"Ficam os indivĂduos dispensados de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19 para acesso e permanĂȘncia no interior dos estabelecimentos e locais elencados no Decreto Rio nÂș 49.894, de 1Âș de dezembro de 2021, quando o municĂpio atingir o Ăndice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço", diz o Artigo 1Âș do decreto. "Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogados, especialmente, o Decreto Rio nÂș 49.769, de 16 de novembro de 2021 e o Decreto Rio nÂș 49.766, de 11 de novembro de 2021, conclui a norma de hoje.
A decisão de abolir o uso de mĂĄscaras foi tomada pelo municĂpio com base na recomendação do ComitĂȘ Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), que se reuniu na manhã desta segunda-feira. O secretĂĄrio municipal de SaĂșde do Rio, Daniel Soranz, que é um dos integrantes do comitĂȘ, disse que, considerando o atual panorama epidemiológico, a cidade tem a menor taxa de transmissão da doença desde o inĂcio da pandemia. Segundo Soranz, o nĂvel atual é de 0,3 enquanto na semana passada era de 0,5.
O secretĂĄrio acrescentou que o Ăndice de positividade dos testes para covid-19 também recuou e estĂĄ abaixo de 5%. "Temos uma redução da positividade gradativa ao longo das Ășltimas semanas. Hoje, de cada 100 pessoas que fazem testes de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro, menos de 5% são positivas para covid-19. Então, temos um dos menores Ăndices de positividade da nossa história", afirmou, destacando que o nĂșmero de pessoas internadas em consequĂȘncia da doença corresponde a menos de 1% do total da capital.
De acordo com o secretĂĄrio, por todos esses motivos, o CEEC considerou que era possĂvel recomendar a desobrigação do uso de mĂĄscaras na cidade do Rio, inclusive em locais fechados. "Vale lembrar que, desde outubro, jĂĄ não era mais obrigatório o uso de mĂĄscaras em locais abertos e, a partir desta decisão do comitĂȘ, o prefeito Eduardo Paes vai elaborar um decreto, para aĂ, sim, formalizar essa recomendação do ComitĂȘ CientĂfico", completou.
Segundo o secretĂĄrio, a recomendação de manter, por enquanto, o passaporte vacina é por causa da importância do documento, especialmente para garantir a dose de reforço. "Precisamos aumentar o nĂșmero de pessoas que façam a dose de reforço. Hoje temos uma situação epidemiológica muito positiva na cidade do Rio de Janeiro justamente por conta da alta cobertura vacinal, só que essa cobertura vacinal, essa proteção, não dura para sempre. Sabemos que essa proteção vai caindo ao longo do tempo e que a dose de reforço é essencial para manter a proteção em nĂveis adequados.Nosso comitĂȘ recomenda que se mantenha o passaporte vacinal estimulando a população a fazer a dose de reforço."
Permanece também a recomendação do uso de mĂĄscaras por pessoas com imunossupressão, com nĂvel de comorbidade grave ou que não se vacinaram, o mesmo para quem apresenta sintomas respiratórios, de gripe ou de covid-19 para evitar a transmissão de doenças para outras pessoas. Soranz informou que a secretaria vai manter a aplicação dos testes de covid-19 e ampliar o atendimento que é feito em 240 unidades do municĂpio.
Para o secretĂĄrio, a desobrigação do uso de mĂĄscaras inclusive em locais fechados não é uma decisão precipitada porque os nĂșmeros dão segurança para adotar a medida. "Não considero. A gente tem indicadores epidemiológicos que dão muita segurança para essa decisão", disse, lembrando que essa é uma desobrigação, mas quem quiser, pode continuar utilizando as mĂĄscaras.
De acordo com Soranz, nas unidades escolares pĂșblicas ou privadas, também não é necessĂĄrio usar mĂĄscaras. No entanto, para as crianças que ainda não estejam vacinadas, a recomendação é continuar usando a mĂĄscara de proteção. "Recomendamos às crianças que não se vacinaram que usem mĂĄscaras, mas não serĂĄ mais obrigatório o uso de mĂĄscaras nas escolas."
Fonte: AgĂȘncia Brasil