Serão três modalidades de produção para os trabalhos e cada projeto deve ser inscrito em apenas uma delas: Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências.
A professora Juana Nunes, diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destaca que o evento visa mobilizar os jovens e as escolas para pensar em um país sustentável, discutindo ciências básicas para um desenvolvimento sustentável.Um dos destaques da Obsma fica por conta do 3º Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, que selecionará um trabalho ou projeto inscrito na olimpíada que tenha sido desenvolvido por alunas e professoras. O prêmio homenageia cientistas mulheres e suas trajetórias profissionais em cada uma das edições.
Nesta edição, a escolhida é Alda Lima Falcão. Ela atuou como entomologista por décadas. Primeiro pelo Serviço Nacional de Malária em Fortaleza, depois em Belo Horizonte. Falcão atuava em análises sobre os flebótomos, que são insetos vetores de doenças como a leishmaniose.
"A partir desta pauta, queremos mobilizar as meninas para que elas possam se engajar, participar da ciência, pois o MCTI quer mais diversidade na ciência, mais meninas e mulheres, e reinventar nosso país criando novas tecnologias", disse Juana Nunes.
Para concorrer ao Menina Hoje, Cientista Amanhã, basta se inscrever normalmente na olimpíada e escolher a opção de participar do prêmio no formulário de inscrições. O trabalho pode atender a qualquer uma das modalidades.
Na abertura da cerimônia, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, representando o presidente da fundação, Mario Moreira, disse que a Obsma valoriza o trabalho coletivo. "É uma olimpíada diferente, já que não se baseia somente na lógica no mérito individual ou no brilhantismo dos estudantes, mas sim uma olimpíada que trabalha o coletivo, trabalha a escola no seu conjunto e trabalha com os professores".
A coordenadora nacional da Obsma, Cristina Araripe, destacou que, além da competição, a olimpíada promove outras atividades com os estudantes. "Fazendo uma visita ao campus da Fiocruz, vendo como trabalhamos a temática da sustentabilidade, e sobretudo uma visita à fábrica de vacinas, é com esse espírito de abrirmos as portas para recebermos os jovens estudantes da educação básica e seus professores, que começamos essa 12ª edição".
No evento desta segunda-feira, os estudantes tiveram a oportunidade de visitar o Complexo Tecnológico de Vacinas de Bio-Manguinhos-Fiocruz, um dos maiores centros de produção da América Latina, que garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde.
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente é voltada para estudantes e professores da educação básica, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, de escolas públicas ou privadas, por meio da inscrição de trabalhos relacionados à saúde e ao meio ambiente, interligados à educação e a ciência e tecnologia. O tema dos projetos é de livre escolha dos participantes.
A Obsma acontece a cada dois anos e prevê atividades como oficinas pedagógicas para atualização de professores e programas educativos para estudantes interessados em seguir carreiras científicas.
A competição tem o apoio do CNPq, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e de instituições de ensino e pesquisa.
Outras informações pedem ser acessadas no site da Obsma.
* Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara
Fonte: Agência Brasil