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Cobertura vacinal de crianças aumenta após queda durante pandemia

Depois da queda na cobertura vacinal causada pela pandemia de covid-19 em todo o mundo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que este cenário começou a melhorar.

Por MT Giro em 20/07/2023 às 18:14:29

Depois da queda na cobertura vacinal causada pela pandemia de covid-19 em todo o mundo, dados da Organização Mundial da SaĂșde (OMS) e do Fundo Internacional de EmergĂȘncia das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que este cenĂĄrio começou a melhorar. Em 2022, 4 milhões a mais de crianças foram atendidas pelos serviços de imunização em comparação com 2021.

Dados da OMS e do Unicef mostram que os paĂ­ses intensificaram os esforços para enfrentar o retrocesso na imunização causado pela pandemia de covid-19. De acordo com a pesquisa, 20,5 milhões de crianças deixaram de receber uma ou mais vacinas nos serviços de imunização de rotina em 2022, uma melhora em comparação com os 24 milhões de crianças que não foram imunizadas em 2021. Apesar disso, o nĂșmero permanece maior do que os 18 milhões de crianças que ficaram de fora do esquema vacinal em 2019, antes da pandemia.

Sarampo

A falta de vacinação contra o sarampo - umas das doenças mais infecciosas - estĂĄ colocando mais 35,2 milhões de crianças em risco de infecção. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou para 83% em 2022, em comparação com 81% em 2021, mas permaneceu abaixo dos 86% alcançados em 2019. Como resultado, no ano passado, 21,9 milhões de crianças não receberam a vacinação rotineira contra o sarampo em seu primeiro ano de vida - 2,7 milhões a mais do que em 2019 -, enquanto outras 13,3 milhões não receberam a segunda dose, colocando crianças em comunidades com baixa cobertura vacinal em risco de surtos.

A imunologista ClĂĄudia Valente alerta que a situação é preocupante. "JĂĄ tivemos o certificado de eliminação do sarampo, mas perdemos", relembra. " O sarampo ele complica e leva uma criança menor de um ano a óbito. Podem acontecer complicações como a encefalite, o comprometimento do sistema nervoso central, do cérebro, e a criança se complicar", completou, ressaltando que a vacina pode evitar estes quadros.

.Durante a pandemia de covid-19, muitos pais deixaram de vacinar seus filhos. Agora devem correr atrĂĄs do atraso. A enfermeira Priscila Avelino da Silva conta que muitos estão levando as crianças para atualizar a carteira de vacinação. "É importante os pais lembrarem que os bebĂȘs precisam estar protegidos e que eles venham vacinar. Os postos estão abertos a semana toda e tem muitos postos no DF abrindo aos sĂĄbados, com vacinas de rotina".

A empresĂĄria Carolina Costa levou o filho ao posto de saĂșde para atualizar a imunização antes do inĂ­cio das aulas. "Como ele estĂĄ na escola, queremos deixĂĄ-lo imunizado principalmente contra essas doencinhas da sala de aula"

Américas

Seguindo a tendĂȘncia mundial, em 2022, os paĂ­ses e territórios das Américas conseguiram interromper o declĂ­nio na cobertura de vacinação que a região vinha registrando. A imunização com a primeira dose da vacina que protege as crianças contra difteria, tétano e coqueluche atingiu 90%, em comparação com 86% em 2021. Todas as outras vacinas, que protegem contra doenças como a poliomielite, o papilomavĂ­rus humano e o rotavĂ­rus, melhoraram a cobertura, com exceção da primeira dose da vacina contra o sarampo, que caiu de 85% em 2021 para 84% em 2022.

Embora os paĂ­ses também tenham conseguido reduzir o nĂșmero de crianças que não receberam uma Ășnica dose de vacina aos nĂ­veis pré-pandĂȘmicos (1,3 milhão), esse nĂșmero continua alto, deixando 1 em cada 10 crianças da região desprotegidas contra uma série de doenças perigosas. Enquanto isso, 2,3 milhões de crianças não completaram seu cronograma de vacinação, embora o nĂșmero seja o menor desde 2019.

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Fonte: AgĂȘncia Brasil

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