O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou que o nome de Lula é consenso dentro PT para 2026. A declaração foi dada em entrevista ao O Globo, divulgada nesta terça-feira 2.
"Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute", disse o ministro.
Até aqui, no entanto, o presidente não confirmou que será candidato na próxima eleição, apesar de já ter sinalizado para a possibilidade. Durante a campanha, vale lembrar, Lula teria dito que 2022 seria a última vez que disputaria a vaga no Planalto.
Na entrevista desta terça, Haddad também tratou do que chamou de day after na disputa, visando a preparação de um sucessor de Lula para 2030. Para ele, o PT já precisa pensar nessa transição de poder. Apesar do alerta, Haddad disse não se ver como esta figura.
"Eu não penso [em ser o sucessor de Lula]. E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: "Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois". Dentro da cadeia. Eu disse: "Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar". E acabou acontecendo", contou o ministro ao jornal.
Ao Globo, o chefe da Economia aproveitou para rebater as críticas direcionadas a sua política econômica, apelidada ironicamente pelo PT, seu próprio partido, como "austericídio".
"Olha, é curioso ver os cards que estão sendo divulgados pelos meus críticos sobre a economia, agora por ocasião do Natal. O meu nome não aparece. O que aparece é assim: "A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!" E o Haddad é um austericida", ironizou o ministro.
"Não dá para celebrar Bolsa, juros, câmbio, emprego, risco-país, PIB que passou o Canadá, essas coisas todas, e simultaneamente ter a resolução que fala "está tudo errado, tem que mudar tudo'", completou ele sobre a resolução do PT com críticas ao seu programa de governo.
POR: CARTACAPITAL