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Professores da UnB aprovam fim da greve e retomam aulas em 26 de junho

Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram nesta quinta-feira (20) pôr fim à greve de mais de dois meses da categoria, iniciada em 15 de abril.

Por MT Giro em 21/06/2024 às 09:38:37

Os professores da Universidade de BrasĂ­lia (UnB) decidiram nesta quinta-feira (20) pôr fim à greve de mais de dois meses da categoria, iniciada em 15 de abril. O fim da paralisação foi aprovado em assembleia, após avaliação sobre a Ășltima proposta apresentada pelo governo durante a mesa setorial realizada no dia 14 de junho com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços PĂșblicos (MGI). O retorno às aulas foi remarcado para a próxima quarta-feira (26).

Aos docentes, o governo propôs um reajuste em duas parcelas, a partir do ano que vem. O primeiro aumento, de 9%, serĂĄ pago a partir de janeiro de 2025. JĂĄ o segundo reajuste, de 3,5%, serĂĄ pago em abril de 2026. Além disso, foi acordada uma reestruturação de carreira, com aumento das progressões de 4% para 4,5% e chegando até 6% para algumas classes de docentes. Também foi acertada a garantia de progressão e promoção uma vez solicitado em até seis meses, após atendidos os requisitos.

Outro ponto da proposta é a uniformização no padrão de controle de ponto entre professores do magistério superior e professores do Ensino BĂĄsico, Técnico e Tecnológico (EBTT), retirando a obrigatoriedade do registro em ponto eletrônico para a segunda categoria. O governo também concordou com a criação de grupos de trabalho para discutir reenquadramentos de professores aposentados, para a criação de nova classe na carreira docente e reavaliação de norma sobre adicionais de insalubridade, entre outros pontos.

O fim da greve na UnB segue a decisão de outras instituições, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), entre outras, em um movimento de saĂ­da coletiva da paralisação liderado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Professores de universidades e institutos federais devem realizar assembleias locais esta semana e, no fim de semana, a direção do Andes-SN deverĂĄ fazer um balanço final da mobilização.

"Consideramos que tivemos muitas conquistas na greve. Nos mostramos fortes, unidos. Esta saĂ­da coletiva tem um significado simbólico desta unidade que se demonstrou em avanços como os aumentos relativos aos benefĂ­cios - auxĂ­lio-creche, auxĂ­lio-alimentação e saĂșde suplementar. Mas a luta continua. Nossa greve não é fim das mobilizações. Devemos seguir para que as demandas ainda não atendidas sejam ouvidas pelo governo. Estamos vivos e temos força. Este movimento nos comprovou isso", afirmou Eliene Novaes, presidenta da seção sindical da ADUnB.

Técnicos-administrativos

Enquanto os professores retomarão as atividades, os servidores técnico-administrativos em educação da UnB decidiram manter a greve, após avaliação da assembleia geral com o sindicato da categoria, na terça-feira (18).

Os profissionais estão de braços cruzados desde 11 de março. Segundo o Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade de BrasĂ­lia (Sintfub), a categoria alcançou conquistas na Ășltima proposta do governo, como o aumento do percentual de progressão na carreira, mas querem melhorias na oferta.

Novos recursos

Na Ășltima sexta-feira, o Ministério da Educação se comprometeu a revogar, após o término da greve, a Portaria 983, de novembro de 2020, que elevou a carga horĂĄria mĂ­nima semanal dos docentes.

Também na semana passada, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva anunciou que o governo federal vai investir em melhorias na infraestrutura de todas universidades federais (R$ 3,17 bilhões), hospitais universitĂĄrios (R$ 1,75 bilhão) e na criação de dez novos campi nas cinco regiões do paĂ­s (R$ 600 bilhões). O total é de R$ 5,5 bilhões do novo PAC.

HĂĄ algumas semanas, o MEC também recompôs o orçamento para a educação superior estabelecendo mais recursos para custeio de despesas: R$ 279,2 milhões para universidades e R$ 120,7 milhões para institutos federais.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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