Aos docentes, o governo propôs um reajuste em duas parcelas, a partir do ano que vem. O primeiro aumento, de 9%, serĂĄ pago a partir de janeiro de 2025. JĂĄ o segundo reajuste, de 3,5%, serĂĄ pago em abril de 2026. Além disso, foi acordada uma reestruturação de carreira, com aumento das progressões de 4% para 4,5% e chegando até 6% para algumas classes de docentes. Também foi acertada a garantia de progressão e promoção uma vez solicitado em até seis meses, após atendidos os requisitos.
O fim da greve na UnB segue a decisão de outras instituições, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), entre outras, em um movimento de saĂda coletiva da paralisação liderado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Professores de universidades e institutos federais devem realizar assembleias locais esta semana e, no fim de semana, a direção do Andes-SN deverĂĄ fazer um balanço final da mobilização.
"Consideramos que tivemos muitas conquistas na greve. Nos mostramos fortes, unidos. Esta saĂda coletiva tem um significado simbólico desta unidade que se demonstrou em avanços como os aumentos relativos aos benefĂcios - auxĂlio-creche, auxĂlio-alimentação e saĂșde suplementar. Mas a luta continua. Nossa greve não é fim das mobilizações. Devemos seguir para que as demandas ainda não atendidas sejam ouvidas pelo governo. Estamos vivos e temos força. Este movimento nos comprovou isso", afirmou Eliene Novaes, presidenta da seção sindical da ADUnB.
Enquanto os professores retomarão as atividades, os servidores técnico-administrativos em educação da UnB decidiram manter a greve, após avaliação da assembleia geral com o sindicato da categoria, na terça-feira (18).
Os profissionais estão de braços cruzados desde 11 de março. Segundo o Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade de BrasĂlia (Sintfub), a categoria alcançou conquistas na Ășltima proposta do governo, como o aumento do percentual de progressão na carreira, mas querem melhorias na oferta.
Na Ășltima sexta-feira, o Ministério da Educação se comprometeu a revogar, após o término da greve, a Portaria 983, de novembro de 2020, que elevou a carga horĂĄria mĂnima semanal dos docentes.
Também na semana passada, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva anunciou que o governo federal vai investir em melhorias na infraestrutura de todas universidades federais (R$ 3,17 bilhões), hospitais universitĂĄrios (R$ 1,75 bilhão) e na criação de dez novos campi nas cinco regiões do paĂs (R$ 600 bilhões). O total é de R$ 5,5 bilhões do novo PAC.
HĂĄ algumas semanas, o MEC também recompôs o orçamento para a educação superior estabelecendo mais recursos para custeio de despesas: R$ 279,2 milhões para universidades e R$ 120,7 milhões para institutos federais.
Fonte: AgĂȘncia Brasil