"Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal" -nota da PF
De acordo com a PF, os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão já foram cumpridos e o General foi conduzido ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia do Exército.
Dois aparelhos celulares do General foram apreendidos na operação.
Braga Netto é citado 98 vezes no relatório de 884 páginas da chamada "Operação Contragolpe".
O General está sendo formalmente acusado pelos crimes de "tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa", cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
Também foi alvo da mesma operação o ex-assessor de Braga Netto, coronel Peregrino, que de acordo com a PF, era quem guardava um plano denominado "Lula não sobe a rampa" (documento impresso apreendido em sua mesa no mês passado).
O mandado de busca e apreensão contra o coronel Peregrino foi cumprido em Brasília.
Ainda DE ACORDO COM A PF, Braga Netto seria o "chefe do grupo militar que planejou a intervenção militar" e teria "aprovado e financiado um plano para matar o presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes".
A PF se aproximou de Braga Netto após uma delação realizada pelo ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid.
À Polícia Federal, Cid disse que Netto teria entregue dinheiro em espécie, dentro de embalagens de vinho, a militares envolvidos no planejamento de um suposto golpe de Estado. Cid também disse que foi estimado um valor de R$ 100 mil para o cumprimento do dito plano, mas que nada havia sido comentado sobre a morte de pessoas.
A defesa do General ainda não emitiu uma nota, porém Braga Netto já disse que "nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém" e que "sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais".
(Matéria em atualização)
Fonte: O Apolo Brasil