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Em encontro com presidente, Lúdio afirma que famílias estão sendo asfixiados

Lúdio afirmou à imprensa que irá debater com o presidente e sua equipe sobre os problemas ambientais em Mato Grosso. "Precisamos e um olhar do Governo Federal para o estado

Por MT Giro em 02/04/2023 às 09:33:00

deputado estadual Lúdio Cabral (PT) declarou que o foco principal do seu mandato neste ano é o meio ambiente, e portanto, irá levar os problemas estruturais que permeiam o agronegócio de Mato Grosso ao Governo Federal. O parlamentar está presente na visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a entrega do Residencial Celina Bezerra, conjunto habitacional do programa "Minha Casa, Minha Vida".

Para o parlamentar, é necessário a criação de um projeto de transição da monocultura para um modelo sustentável, e isso só será possível por meio de políticas públicas que mudem a "lógica atual".


"Você tem que instituir políticas públicas que assegurem crédito, canais de escoamento da produção, que assegure terra para as pessoas. O que acontece hoje em Mato Grosso é que temos 100 mil famílias em assentamentos que estão sendo asfixiados pela monocultura e pelo veneno. Não conseguem produzir, não tem acesso à credito, à técnica, não tem escoamento, não tem cadeia produtiva organizada para comercializar", disse Lúdio.


"Temos que enfrentar isso e a ciência já construiu um modelo, que é o da agroecologia, para poder recuperar uma relação saudável com os biomas, recuperar a água. Mato Grosso é centro de uma questão que é planetária e o Governo Federal precisa ter um olhar para isso, porque tem relação com a economia, com o modelo tributário e com a política ambiental", completou.


Outro ponto levantado pelo deputado foi a Lei Kandir, que isenta a cobrança de ICMS na exportação de produtos primários, como soja, milho, carnes e minérios, como um estímulo às exportações e redução de custos para o produtor.


"Já passou do tempo de discutirmos a Lei Kandir, pois ela já cumpriu a tarefa que tinha. Mato Grosso deixa de arrecadar R$ 27 bilhões por conta dessa lei e é impossível compensar isso, sem rever essa legislação. E isso é fundamental para que a gente tenha recurso público para investir em políticas públicas sociais, para realizar os direitos da maioria da população", finalizou.


Via: VG Notícias

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